segunda-feira, 29 de março de 2010



















O mar cai aos meus pés,
branco, azul e verde,
monotonamente,
vazio,
sempre diferente,
sempre o mesmo mar.

O mar é o que tenho agora,
o seu nome,
a sua espuma nas rochas,
o seu eco infinito nesta costa contínua e interminável.

Sou eu e é o mar,
e não tenho nada mais,
nem me tenho a mim próprio,
nem sequer a vontade de ser tenho,
nem sequer a vontade do mar.

Um pássaro inexplicável passa,
atravessa voando o mar que não tenho em mim,
esse mar que é tudo o que tenho agora
e pousa neste poema que vai-me caindo aos pés
e que o mar que cai aos meus pés se leva.







2 comentários:

a da quaresma disse...

assim tudo a ondular

até

cair na mão de

fechar,





~

lua prateada disse...

FELIZ PÁSCOA...
Olá...............passei apenas para te convidar para minha festa!passa lá e te diverte...Obrigada pela presença...Beijo de prata

SOL