Afranio diz:
Magoa-me esta escrita,
que vai desfiando-me a memoria da vida
entre as minhas palavras mortas.
É um exercício doloroso,
silencioso,
transparente,
sem corpo, nem abrigo, nem fim.
Morro da dor da que vivo,
rodeado da natureza das letras
e da sua pétrea e fria mentira.
E depois Afranio cala,
cal,
ca,
c,
,
.
cal,
ca,
c,
,
.
1 comentário:
a natureza das letras não é nada
[ muito menos lami-nada,
nós sim, que somos a sua natureza
~
Enviar um comentário