sábado, 27 de março de 2010







Afranio diz:



Magoa-me esta escrita,

que vai desfiando-me a memoria da vida
entre as minhas palavras mortas.

É um exercício doloroso,
silencioso,
transparente,
sem corpo, nem abrigo, nem fim.

Morro da dor da que vivo,
rodeado da natureza das letras
e da sua pétrea e fria mentira.

E depois Afranio cala,
cal,
ca,
c,
,
.


1 comentário:

a das in_letras et alter_in s disse...

a natureza das letras não é nada

[ muito menos lami-nada,

nós sim, que somos a sua natureza






~