quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010




















Pensa Afranio que sim pensa no que escreve
não escreve aquilo que esta sentindo,
escreve pensando e mais nada.


Para escrever o que sente,
Afranio não teria que pensar no que escreve,
teria que sentir sem pensar que sente,
senti-lo e, além disso,
escrevê-lo.



Assim,
o mais sentido do que Afranio escreveu nunca,
é aquilo que nunca escreveu,
é aquilo que ele sente sem pensar,
por muito que tenha escrito,
porque escrever o sentido,
é um assombro reservado aos gênios.



Isso é o que pensa Afranio
e isso é o que escreve.










2 comentários:

~pi disse...

ninguém apanha o calor da

respiração

ninguém apanha o corpo

dum poema

[ a respiração é de pele e cios é

de sal e risos]]

embora o seu frio cadáver

asssim o finja

e assim, consentido no escrito, o

pretenda




~

candida disse...

o teu comentário é muito bonito.