sábado, 27 de fevereiro de 2010


















Morrem as palavras ao saíres da boca,
morrem ao dize-las,

morrem também ao escreve-las,

estas palavras já tão mortas,

as que estás a ler agora, agora morrem,

as que leste até agora já morreram

e as que leras a partires daqui nasceram mortas.

Quando é que vivem as palavras?

Quando tão vivas?

Só no ventre dum,

somente caladas,

ausentes,

sem voz nem papel nem olhos.

As palavras só vivem quando não existem

e o demais é pura literatura e mentira,

um pássaro morto.









1 comentário:

a muda disse...

´siddharta`






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