
O poeta seria,
se é que é e existe, existisse ou inexiste,
um homem na selva a procura de serpes,
pássaros, peixes, arvores…
A selva um mundo desconhecido,
as serpes e demais coisas ou coisos,
o conhecimento que o poeta não tem,
aquilo que ainda fica por descobrir,
seja o que for o conhecimento e atingindo este
todos os patamares dos sentidos e os sentimentos.
O poeta que fosse,
seria verdadeiro nessa procura,
seria ele mesmo sem sabe-lo,
mesmo não sendo.
Catalogaria os tipos,
as famílias,
as classes,
as suas costumes,
o seu habitat
e como eles,
(serpes, pássaros, peixes, arvores…)
tentaria fugir pelo medo de ser descoberto
e verificar assim que os poetas existem,
que não são uma invenção deles próprios
e que não faz sentido saber certas coisas.
Afranio do Amaral poderia ser um poeta desses,
que existiu,
que foi ele mesmo sem sabe-lo,
mesmo não sendo,
mais fugiu para dentro da selva
para que ninguém dera cabo dele.
Afranio escreve isto entre as árvores da selva,
rodeado de animais que fogem dele
e dalguns que comem da sua mão.
1 comentário:
afrânio s ou não-afrânio s
é na linha in-certa do
reflexo mais des
conhecido
que peregrina[mente
ar-riscamos e
nos fazemos crentes e
simples [ como animais
pode ser assim: animais
que
comem na mão e se enroscam
a dormir,
~
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