domingo, 24 de janeiro de 2010













O poeta seria,

se é que é e existe, existisse ou inexiste,

um homem na selva a procura de serpes,

pássaros, peixes, arvores…



A selva um mundo desconhecido,

as serpes e demais coisas ou coisos,

o conhecimento que o poeta não tem,

aquilo que ainda fica por descobrir,

seja o que for o conhecimento e atingindo este

todos os patamares dos sentidos e os sentimentos.



O poeta que fosse,

seria verdadeiro nessa procura,

seria ele mesmo sem sabe-lo,

mesmo não sendo.



Catalogaria os tipos,

as famílias,

as classes,

as suas costumes,

o seu habitat

e como eles,

(serpes, pássaros, peixes, arvores…)

tentaria fugir pelo medo de ser descoberto

e verificar assim que os poetas existem,

que não são uma invenção deles próprios

e que não faz sentido saber certas coisas.



Afranio do Amaral poderia ser um poeta desses,

que existiu,

que foi ele mesmo sem sabe-lo,

mesmo não sendo,

mais fugiu para dentro da selva

para que ninguém dera cabo dele.







Afranio escreve isto entre as árvores da selva,

rodeado de animais que fogem dele

e dalguns que comem da sua mão.











1 comentário:

~pi disse...

afrânio s ou não-afrânio s

é na linha in-certa do

reflexo mais des

conhecido

que peregrina[mente

ar-riscamos e

nos fazemos crentes e

simples [ como animais

pode ser assim: animais

que

comem na mão e se enroscam

a dormir,








~