
Afranio diz:
Sim pudesse não pensar,
sim pudesse crer que eu não sou o que penso,
sim pudesse saltar de um pulo o muro do pensado
que somente é uma barreira entre eu mesmo e eu,
sim pudesse ser o que era e o que fui,
ser aquilo que esqueci,
voltar a ser maior.
Sim pudesse tudo isso,
talvez não necessitasse escrever palavras,
talvez minha voz seria minha no silêncio,
e talvez seria eu,
não outro,
este poeta que nunca existiu.
E depois Afranio cala, sim pudesse crer que eu não sou o que penso,
sim pudesse saltar de um pulo o muro do pensado
que somente é uma barreira entre eu mesmo e eu,
sim pudesse ser o que era e o que fui,
ser aquilo que esqueci,
voltar a ser maior.
Sim pudesse tudo isso,
talvez não necessitasse escrever palavras,
talvez minha voz seria minha no silêncio,
e talvez seria eu,
não outro,
este poeta que nunca existiu.
porque sabe que ele não é.
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