Quando eu era famoso,
via passar um barco que nunca passava,
eu era o cais e todos os navios que lhe chegavam,
para depois,
partir de mim levando-me,
ficando eu amarrado ao que nunca soube.
Não há nada como não ser sendo,
como não saber sabendo,
não há nada como a experiência poética livre,
que não precisa de sentir-se único,
que não necessita ser parte de mim,
que nem sequer tem que ser eu,
mesmo que o seja.
Sem comentários:
Enviar um comentário