
Para sentír as coisas que não se escrevem,
tenho de esquecer as palavras ditas
e abandonar este mundo e o mundo.
Ir para além de todo o desconhecido,
da cultura viva
e da morta.
Para sentír as coisas que não se escrevem,
tem de calar minha voz aprendida
e tenho de desaprender os caminhos.
Ir a um lugar que não existe em ninguém,
a uma invisibilidade manifesta,
ao fundo da superfície.
Para sentír as coisas que não se escrevem,
há que ser árvore, vento, água
e se deixar cegar pela luz da cegueira.
Ir ao insondable sem esperanças
de encontrar ali o que procuras,
não chegar nunca a nenhum lugar.
Para sentír as coisas que não se escrevem,
saio deste poema pelo final,
que todos os poemas acabam-se
e eu quero deixar de escrever,
para sentir as coisas que não se escrevem,
as que nunca se terminam.
tenho de esquecer as palavras ditas
e abandonar este mundo e o mundo.
Ir para além de todo o desconhecido,
da cultura viva
e da morta.
Para sentír as coisas que não se escrevem,
tem de calar minha voz aprendida
e tenho de desaprender os caminhos.
Ir a um lugar que não existe em ninguém,
a uma invisibilidade manifesta,
ao fundo da superfície.
Para sentír as coisas que não se escrevem,
há que ser árvore, vento, água
e se deixar cegar pela luz da cegueira.
Ir ao insondable sem esperanças
de encontrar ali o que procuras,
não chegar nunca a nenhum lugar.
Para sentír as coisas que não se escrevem,
saio deste poema pelo final,
que todos os poemas acabam-se
e eu quero deixar de escrever,
para sentir as coisas que não se escrevem,
as que nunca se terminam.
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