sábado, 28 de março de 2009














Afranio contempla as vacas
que caminham entre as árvores do vale,

para a quadra.



Pensa sim elas sabem que ele as contempla,

sim elas escreverão o que veem ao chegar em casa,

sim falarão dele entre elas.



Afranio escuta os socalhos,

seu necessário e monótono ritmo.

Quando não vê às vacas,

sabe onde estão pelo seu som
e se pergunta sim as vacas o chamam a consciência,

sim movimentam sua cabeça à vontade para que ele as encontre

e assim possam voltar à quadra,
a escrever e a falar sobre ele.

Afranio pensa tudo isto,

enquanto escreve tudo isto

e fala com as vacas.






1 comentário:

~pi disse...

pastam o sol

dia a dia

seguem o seu amarelo

e comum

fulgor

e ruminam verde

( um sereno-verde-calado




~