Afranio contempla as vacas
que caminham entre as árvores do vale,
para a quadra.
Pensa sim elas sabem que ele as contempla,
sim elas escreverão o que veem ao chegar em casa,
sim falarão dele entre elas.
Afranio escuta os socalhos,
seu necessário e monótono ritmo.
Quando não vê às vacas,
sabe onde estão pelo seu som
e se pergunta sim as vacas o chamam a consciência,
sim movimentam sua cabeça à vontade para que ele as encontre
e assim possam voltar à quadra,
a escrever e a falar sobre ele.
Afranio pensa tudo isto,
enquanto escreve tudo isto
e fala com as vacas.
1 comentário:
pastam o sol
dia a dia
seguem o seu amarelo
e comum
fulgor
e ruminam verde
( um sereno-verde-calado
~
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