
Afranio deitou-se na relva
e apoiou sua cabeça sobre o tronco da árvore,
fechou os olhos e sonhou.
Sonhou que ele era o tronco da árvore sobre o qual sonhava,
que ele era a paisagem,
a relva na qual dormia,
as flores e os campos,
a água dos rios,
os pássaros que não se explicava,
a natureza da poesia.
Afranio sonhava que era todas as coisas
e todas as coisas foram Afranio.
E acordou,
e viu que era verdade,
mas ja não se lembrava
e seguiu fugindo.
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