quarta-feira, 6 de janeiro de 2010












Eu não fui a ti
nem tu vieste a mim,
os dois estávamos lá.

Eu porque passava e fiquei um bocadinho,
tu porque permaneces sempre.

Tu apenas olhaste para mim,
eu estou a escrever-te estas palavras,
este intento de poema fronte a todos
os que tu escreveste para mim.

E não existe nenhuma diferença
entre toda a tua escrita, tão permanente,
e a minha, tão passageira,
embora nada tenham a ver.

Apenas é uma questão de tempo,
da verdade que ecoa na alma dum nome,
na alma de muitos nomes que os dois temos,
na alma de todos aqueles que existem em ti, em mim e nos outros,
que também somos nos.

Vê lá que não há diferença nenhuma!






Afranio escreveu isto misteriosamente,

um dia que fugiu ate a casa dum amigo que já não vivia ali,

embora estivesse por todos os lados.









1 comentário:

~pi disse...

éram mais-que-dois

eram (os

cinco ou

mesmo

sei s

[ ou

uns

dez

mil?




~