Ruben, Lecio, Helena e Carminda,
aprenderam de seu pai a música que levava na alma.
Como as coisas da alma não estão nos livros,
o aprenderam da mesma maneira que os rios,
as arvores, os montes e o vento,
que também não estão nos livros.
O inscreveram neles escutando sons.
Os da água ao passar,
os das folhas ao cair,
os do horizonte ao fundo,
os da roupa secándo ao ar.
Assim passaram e passam a vida,
umas vezes cantando e tocando para fora,
outras vezes para dentro,
mas sempre, seja chorando ou rindo,
com a música de seu pai na alma.
Ruben, Lecio, Helena e Carminda,
receberam esta herança infinita
como o maior presente da vida,
algo que ninguém lhes poderia arrebatar nunca
e que somente eles decidiriam a quem entregar.
Eu sou um dos afortunados que os escuta cantar
através da filha de um deles,
e já sempre levar-ei a sua música em minha alma.
Afranio escribiu isto,
cheio de música.
1 comentário:
de quando a música se
vaga e se encerra sabem eles,
sei
de quando a música se solta-eleva, nem sempre sei
(? sabemos
ouvindo porém
a clareza do timbre,
a luz nas pedras,,,
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