sábado, 19 de dezembro de 2009




















Ruben, Lecio, Helena e Carminda,
aprenderam de seu pai a música que levava na alma.

Como as coisas da alma não estão nos livros,
o aprenderam da mesma maneira que os rios,
as arvores, os montes e o vento,
que também não estão nos livros.

O inscreveram neles escutando sons.
Os da água ao passar,
os das folhas ao cair,
os do horizonte ao fundo,
os da roupa secándo ao ar.

Assim passaram e passam a vida,
umas vezes cantando e tocando para fora,
outras vezes para dentro,
mas sempre, seja chorando ou rindo,
com a música de seu pai na alma.

Ruben, Lecio, Helena e Carminda,
receberam esta herança infinita
como o maior presente da vida,
algo que ninguém lhes poderia arrebatar nunca
e que somente eles decidiriam a quem entregar.

Eu sou um dos afortunados que os escuta cantar
através da filha de um deles,
e já sempre levar-ei a sua música em minha alma.






Afranio escribiu isto,

cheio de música.






1 comentário:

in_side disse...

de quando a música se

vaga e se encerra sabem eles,

sei

de quando a música se solta-eleva, nem sempre sei

(? sabemos

ouvindo porém

a clareza do timbre,

a luz nas pedras,,,




*