quinta-feira, 29 de julho de 2010


Passa um comboio contra o vento,
contra todo o vento um comboio.
rotundo, poderoso, convencido.

Atravessa-o continuamente,
a cada metro,
a cada campo que deixa no seu lugar ao passar,

E tudo morre a seu passo,
o tempo que atravessa,
os momentos que sacude,
as meninas sorrindo na estação
o voo do pássaro, que nunca voltara a ser o mesmo voo...

Todo menos o vento,
que passa pelo comboio e por tudo
como se fosse a vida,
como se nada existisse.



Estação do comboio de O Porrino (Espanha)

Sem comentários: