terça-feira, 13 de abril de 2010

















Tantas vezes dei-te o meu silencio!

Tantas invoquei-o aos gritos,
chamei-o com tantas vozes,
com tantas bocas falei-o
e calei-o com tantas outras!

O silencio que me vive no corpo,
o que foge de mim pelos meus dedos longos,
aqueles que o derramam nas carícias que calo em ti,
o silencio que me fica adentro dos olhos,
esses que o recolhem quando foge para não perde-lo.

O meu silencio quedo,
pessoal,
intangível,
transparente,
o silencio que eu sou
e que nem sei dizer,
nem calar,
nem escrever.

Este silencio que agora escuto.







1 comentário:

mixtu disse...

silencio...
não falo dele...
senão ele deixava de existir

abrazo serrano