
Tantas vezes dei-te o meu silencio!
Tantas invoquei-o aos gritos,
chamei-o com tantas vozes,
com tantas bocas falei-o
e calei-o com tantas outras!
O silencio que me vive no corpo,
o que foge de mim pelos meus dedos longos,
aqueles que o derramam nas carícias que calo em ti,
o silencio que me fica adentro dos olhos,
esses que o recolhem quando foge para não perde-lo.
O meu silencio quedo,
pessoal,
intangível,
transparente,
o silencio que eu sou
e que nem sei dizer,
nem calar,
nem escrever.
Este silencio que agora escuto.
1 comentário:
silencio...
não falo dele...
senão ele deixava de existir
abrazo serrano
Enviar um comentário